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Clima em 2023 deve ser semelhante ao observado em 2022, com possibilidade de chuvas ainda mais expre

27/01/2023

Clima em 2023 deve ser semelhante ao observado em 2022, com possibilidade de chuvas ainda mais expre

No entanto, excesso de umidade neste início de ano pode impactar negativamente a concentração de ATR dos canaviais

As últimas semanas têm sido de bastante chuva em algumas regiões do Brasil. No norte de São Paulo e Sul de Minas Gerais, por exemplo, a precipitação está acima do normal para o período. Em Franca/SP, choveu 347 mm nos primeiros 18 dias do ano, volume 7% acima da média para todo o mês (323 mm).
A meteorologista de Agribusiness na Climatempo, Nadiara Pereira, afirma que essa precipitação volumosa já era esperada por conta da migração de umidade para as áreas do centro-sul do país, em função do enfraquecimento do fenômeno La Niña e de uma condição mais quente do oceano Atlântico próximo a costa sul da América do Sul, que intensificou os sistemas meteorológicos nessas regiões e favoreceu a instalação de uma Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que é caracterizada por um intenso corredor de umidade, que costuma provocar chuvas volumosas e persistentes sobre as áreas de atuação.
Para as próximas semanas, as previsões da meteorologista indicam que as chuvas ainda devem continuar volumosas e acima da média, mesmo em fevereiro. No entanto, ela ressalta que a pluviosidade não deverá ser tão expressiva quanto a registrada no primeiro mês do ano. “A partir de março, as chuvas devem reduzir, especialmente sobre as áreas mais ao sul do país, em função de uma nova mudança de umidade, que deverá passar a se concentrar mais sobre a metade norte do Brasil.”
Com relação as condições climáticas previstas para a safra 2023/24, Nadiara afirma que o novo ciclo deverá registrar um clima mais próximo ao observado em 2022, com possibilidade de chuvas ainda mais expressivas. “Nesta temporada, de uma forma geral, a pluviometria vai estar boa para o desenvolvimento das lavouras. No entanto, o excesso de umidade, aliado aos períodos prolongados com tempo fechado entre janeiro e fevereiro, pode impactar negativamente a concentração de ATR dos canaviais.”
Fonte: Leonardo Ruiz - CanaOnline

Foto: Luciana Paiva