06/06/2023
Os modelos climáticos ao longo de junho não sinalizam a entrada de massas de ar polar que possam ocasionar quedas acentuadas das temperaturas. “Assim, a chance de geadas em áreas de café, cana-de-açúcar, feijão, milho e hortaliças é praticamente nula até o final de junho”, destaca o agrometeorologista da Rural Clima, Marco Antonio dos Santos.
A semana deve ter tempo aberto em boa parte do Brasil, com exceção do extremo norte da região Norte, pegando áreas do Amapá, Roraima e da Ilha de Marajó, além da faixa litorânea do Nordeste, que poderão ter chuvas nos próximos dias.
“No extremo Norte, as chuvas devem seguir até a semana do dia 19, o que é ruim para quem planta soja. Já no litoral nordestino, as chuvas devem seguir beneficiando as culturas de cana-de-açúcar e milho”, informa.
No dia 10 de junho, uma nova frente fria deve avançar pelo sul do Brasil e levar chuvas ao Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Paraguai. “Essa frente fria deve avançar e, entre a quarta-feira e quinta-feira da semana que vem, levar precipitações a áreas de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e ao litoral do Rio de Janeiro e do Espírito Santo”, sinaliza.
Santos afirma que junho será marcado pela ocorrência de chuvas no Centro-Sul do Brasil, o que é bom para o milho e o trigo, mas ruim para as colheitas de café, cana-de-açúcar e laranja.
“Para julho e agosto, com o aquecimento das águas do Pacífico e com a tendência de El Niño, as frentes devem ganhar força e levar chuvas para as áreas centrais do Brasil, atingindo São Paulo, a metade sul de Minas Gerais, o Mato Grosso do Sul e toda a região Sul”, destaca.
Ele ainda acrescenta: “Para o trigo, a tendência é de condições boas para desenvolvimento, exceto no norte do Paraná e sul de Mato Grosso do Sul, que podem ter chuvas mais irregulares no período”.
Informações Agência SafrasArno Baasch