27/11/2021
Consumo deve voltar a crescer com a recuperação econômica após a pandemia, porém a queda na produção mundial de açúcar irá impactar os preços
A menor produção de açúcar em Brasil, Índia, China e Estados Unidos – que foi apenas minimizada por pequenas altas em Tailândia, União Europeia, Paquistão e México –, ainda precisa ser considerada pelo mercado de futuros, pois possui um efeito direto na oferta global, como aponta o diretor executivo da Organização Internacional de Açúcar (ISO, na sigla em inglês), Jose Orive.
Durante a 21ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol, realizada em outubro, Orive destacou que, na safra 2021/22, houve um aumento na produção de açúcar de beterraba nos países que utilizam a raiz como matéria-prima depois do ciclo 2020/21 bastante desanimador. “Nós teremos um aumento ante o ano passado, o hemisfério norte está indo bem e a União Europeia está indo melhor do que esperavam”, ressalta.
Entretanto, ele acredita que a mudança no consumo de açúcar é preocupante. De acordo com o diretor, desde o início dos anos 2000, havia um crescimento anual de mais de 2% na demanda global; agora, o valor é de 1,56%. Segundo Orive, a ISO imagina que haverá um aumento no consumo com as perspectivas de crescimento econômico, mas há grandes disparidades em relação à vacinação que podem representar uma recuperação desigual na economia mundial.
FONTE: NOVACANA